
Conduzir crianças a ter uma experiência de fé com Jesus Cristo, como Salvador, baseada em um conhecimento claro da mensagem do evangelho, deve ser a nossa maior preocupação. Isto é bíblico e também se encaixa no "Ide de Jesus", ele disse: "Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino do céu é das pessoas que são como estas crianças" (Mateus 19.14).
A tarefa de evangelizar crianças deve partir da visão e da compreensão da lei do desenvolvimento, ou seja, de saber que há uma hora certa e lógica no que deve ser ensinado e aprendido pela criança. Esta tarefa exige amor, dedicação, paciência e muita orientação de Deus.
Quando colocamos diante do Senhor as nossas dificuldades, impedimentos e necessidades, nós encontramos a ajuda, a providência e autoridade para o exercício do ministério da evangelização e discipulado das crianças. Isso porque Deus se preocupa com cada criança, pois ela também foi criada à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.27).
Para cumprir o ide de Jesus em relação às crianças, é necessário ter cuidado. Qualquer ação evangelística, movida por interesses apenas eclesiásticos ou humanos, que venha influenciar a criança ou mesmo pressioná-la a fazer uma decisão de seguir os caminhos de Jesus, aceitando-o como seu Salvador, pode gerar o seu afastamento quando esta chegar à adolescência e juventude, uma vez que a fé lhe foi imposta.
A motivação para a evangelização da criança deve ser o nosso amor a Deus e a nossa visão de que a criança é um ser especial. Deus quer alcançá-la porque ela também é pecadora. Nossa responsabilidade é ensinar o evangelho à criança com criatividade, de maneira compreensível sem nenhum tipo de coação, mas com devoção e cuidado, a fim de possibilitá-la a perceber que em todo tempo que desejar conhecer sobre a salvação, ela poderá contar com a nossa ajuda.
Os líderes de ministério infantil, os evangelistas de crianças e os pais devem acreditar que é possível a criança fazer uma decisão firme de tornar-se uma seguidora de Jesus. A salvação pertence ao Senhor e depende do querer da criança. Devemos lembrar que quem convence do pecado é o Espírito Santo, portanto, cada um tem um tempo para entender e aceitar a mensagem do evangelho. Quando a criança mostrar verdadeiro interesse pelas coisas de Deus, demonstrar em sua vida, evidências da graça transformadora por meio da convicção e do arrependimento do pecado, a vontade de seguir fielmente a Cristo e o desejo de viver para agradar a Deus, esse então será o momento que se deverá dispensar a ela uma atenção toda especial no sentido de responder aos seus questionamentos, bem como dar-lhe ensino bíblico para que a vida cristã lhe seja prazerosa e não um fardo a ser carregado.
b) Todos os homens são pecadores deste a sua concepção, logo todas as crianças são pecadoras: Romanos 3.23.
c) Deus não deseja que ninguém pereça. Quando a criança atinge a lei do aprendizado (seu ensino parte do que ela já conhece), a lei do exercício (ela pratica alguns dos seus ensinamentos) e a lei do efeito (pode se alegrar com os resultados) ela precisa receber a mensagem da salvação imediatamente: II Pedro 3.9.
d) Faz-se necessário lembrar que não há salvação em nenhum outro nome, por isso a criança precisar conhecer e familiarizar-se com esta verdade: Atos 4.12.
e) Como as crianças ouvirão se não há quem pregue a elas?: Romanos 10.13-15.
f) O Reino de Deus é dos pequeninos. Não podemos esquecer que a inocência e pureza das crianças as tornam aptas para o Reino: Mateus 19.14.